domingo, 29 de novembro de 2009

Relatório do 4º Encontro - 05/11/2009



Relatório do 4º Encontro do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II – Língua Portuguesa
Data: 05.11.2009
Horário: 18h às 22h
Local: Colégio Municipal Filgueiras Lima
Formadora: Ana Leonília Alves de Sousa

TP 3 – Gêneros e Tipos Textuais: unidades 11 e 12
Objetivo: sistematizar o conhecimento acerca das sequências tipológicas em gêneros textuais

O encontro teve início às 18h20 com a leitura do texto “A Revolução dos Campeões” (Osho-Zen: The special transmission) pela profª Fátima Tavares. Em seguida houve uma discussão acerca de questões que dificultam o processo ensino-aprendizagem na escola pública.

Para iniciar o estudo propriamente dito das unidades 11 e 12 da TP 3 foi lido o texto “Balas para Crescimento” e distribuídas entre os professores balas coloridas com o objetivo de formar grupos de estudo. Cada grupo ficou responsável por apresentar a síntese teórica de duas seções e uma atividade previamente estabelecida. Durante as apresentações constatamos que alguns professores não leram o material em casa, o que comprometeu o tempo para as discussões com maior aprofundamento.

Prosseguiu-se com a sistematização do conteúdo estudado na TP 3 referente à sequência tipológica com um quadro síntese contendo tipologias, características e alguns enunciados ilustrativos. Foi um momento importante no qual se pode contar com a participação de todos, e, também, se verificar alguma dificuldade para a classificação de alguns enunciados.

Foi entregue uma síntese das tipologias estudadas para leitura e confirmação das respostas dadas no quadro e feitas algumas orientações sobre o portifólio dos professores cursistas, o projeto a ser desenvolvido na escola e a avaliação de entrada que será entregue no próximo encontro e, por fim, os critérios de avaliação dos cursistas.

Os relatos do “Lição de Casa” foram quase todos do “Avançando na Prática” da página 109 sobre a sequência tipológica descritiva. Os professores consideraram um sucesso o trabalho reflexivo dentro do “jogo” sugerido na proposta. Observaram e avaliaram o entusiasmo dos alunos ao escreverem características dos colegas e/ou objetos de sua preferência.

Ao final, foi exibido o filme “Vida Maria” a fim de suscitar reflexões acerca do processo de leitura e escrita e práticas de letramento.

Infelizmente o tempo foi insuficiente para promoção de um debate mais aprofundado. As discussões acerca do portifólio e a socialização dos grupos levaram muito tempo. Percebeu-se, também, que o atraso da dinâmica inicial provocado pela ausência de cursistas interferiu bastante na otimização do tempo.

Diante das dificuldades aqui apresentadas em relação ao aproveitamento do tempo, constata-se a necessidade de se repensar algumas estratégias para solucionar ou minimizar o problema.

domingo, 25 de outubro de 2009

3º Encontro - 22/10/09





Relatório do 3º Encontro do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II – Língua Portuguesa
Data: 22/10/2009
Horário: 18h às 22h
Local : Colégio Municipal Filgueiras Lima
Formadora: Ana Leonília Alves de Sousa

TP 3 – Gêneros e tipos textuais: unidades 9 e 10
Objetivo: sistematizar o conhecimento acerca da classificação dos Gêneros Textuais

Deu-se inicio o encontro com a leitura do texto “Saber Viver” de Cora Coralina e prosseguindo-se com a discussão da fundamentação teórica das unidades 9 e 10 da TP 3 sobre Gêneros Textuais.

No decorrer das falas pode-se sentir que a maioria dos professores ainda tem dúvidas sobre o assunto estudado, razão pela qual reforçou-se na síntese teórica alguns pontos merecedores de esclarecimentos. Aproveitou-se o assunto Literatura de Cordel para mostrar como poderia ser feita uma oficina de xilogravuras com bandejinha de isopor e tinta guache preta. Os professores gostaram da sugestão para o enriquecimento do trabalho com a produção do gênero.

Prosseguiu-se com relato reflexivo de alguns professores que expuseram os trabalhos com o “Avançando na Prática”. Todos os depoimentos foram da atividade com o gênero biografia e, segundo eles, a dificuldade maior dos alunos foi transformar o texto em terceira pessoa. Vencidas algumas dificuldades iniciais o trabalho foi muito favorável pela reflexão que a atividade com o gênero proporcionou a professores e alunos.

Vale salientar que durante os relatos uma das professoras cursistas, a profª Elizete encantou a todos com uma belíssima contação de história: “O cajueiro botador” do livro que compõe a coleção do Programa Alfabetizar na Idade Certa – PAIC e distribuído às escolas com séries iniciais. Apesar dos professores pertencerem aos anos finais do Ensino Fundamental todos apreciaram bastante esse momento de deleite com uma bela leitura. Expuseram a necessidade de levar esses momentos de leitura por fruição para os adolescentes também.

Em seguida, partiu-se para o planejamento das atividades com o texto poético de Manuel Bandeira “Poema tirado de uma notícia de jornal” e com o poema canção “Bom dia” de Gilberto Gil e Nana Caymmi. Durante as socializações dos trabalhos verificou-se como o gênero foi explorado nos aspectos formais e funcionais e fizeram-se algumas intervenções quando necessário. Os trabalhos foram, de fato, muito bons.

Encerrou-se o encontro com a avaliação escrita e a motivação para o estudo das próximas unidades: tipos textuais e a inter-relação entre gêneros e tipos textuais com a identificação das tipologias narração, descrição e dissertação em alguns trechos de textos extraídos do caderno AA3. Os fragmentos com predominância da narração e descrição foram facilmente identificados, o dissertativo levou a algumas discussões que subsidiarão os estudos para o próximo encontro.

2º Encontro - 08/10/09







Iniciamos o evento com a apresentação dos participantes através da dinâmica dos "marcos", momento em que cada professor relatou um marco pessoal e um marco profissional. Muitos mostraram em suas falas um imenso entusiasmo ao perceberem os avanços de seus alunos como um marco profissional e pessoal.

Evidenciamos alguns pontos importantes para a nossa convivência através de um "contrato de convivência", sem perder de vista as orientações presentes no Guia Geral e partimos para atividade do mesmo manual com as questões acerca da fundamentação e da proposta didática do Gestar II.

Divididos em grupos, discutimos e resolvemos o questionamento proposto e o socializamos com o grupão. As respostas mostraram a grande expectativa em torno do programa como contribuição à prática pedagógica.Evidenciamos, também, o processo ensino-aprendizagem como construção do conhecimento. Nessa relação, o professor passa a assumir o papel de mediador e nunca o dono do saber, valorizando o conhecimento que o aluno já possui e contribuindo para novos saberes.

Terminada a tarefa, apresentamos a ementa contida no Guia Geral e a estrutura dos cadernos de Língua Portuguesa e prosseguimos à motivação para o estudo da TP3. Realizamos uma atividade de predição a partir do nome "Gêneros" na qual escreveram em tarjetas aquilo que lhes vinham à mente em uma ou poucas palavras a respeito do tema. Fixamos na lousa as respostas, conforme a figura:



Em seguida, colocamos a palavra "Textual" e partimos para a realização de um breve "desafio sobre Gêneros Textuais. Então, pudemos confirmar ou refutar as respostas sugeridas para a temática em questão.



Terminamos nosso encontro com a avaliação da oficina, as orientações para o estudo individual e a realização do "Lição de casa" para ser entregue e socializado no próximo encontro.

Seguindo a avaliação proposta para os cursistas:

Aprendi que tenho que me dedicar cada vez mais aos estudos e reflexões acerca do material e de outras leituras importantes para subsidiar meu trabalho.

Foi difícil organizar o tempo e a logística de materiais e equipamentos necessários a essa oficina.

Preciso saber mais como otimizar o tempo das discussões e realização de atividades.

Recado final: A expectativa em torno do curso é grande pela aprendizagem dos conteúdos abordados no material de forma didática e acessível a todos os professores. Para isso, basta cada um de nós dedicar um pouco mais de tempo para as leituras e realização das atividades.

Nosso primeiro encontro 19/09/09



O objetivo desse encontro inicial foi apresentar o programa Gestão da Aprendizagem Escolar de Língua Portuguesa-GESTAR II para os professores cursistas.

Iniciamos às 8h com o credenciamento (confirmação de inscrições) e logo em seguida tivemos a leitura de um belo texto poético de autoria do profº Arlindo, coordenador do Ensino Fundamental e Médio da Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza.

Nossa colega formadora, Josaína, apresentou o programa utilizando projetor multimídia com as informações e orientações acerca do GESTAR II constantes do guia geral. Em seguida, houve um breve momento interativo para esclarecimentos de dúvidas. As questões mais recorrentes referiram-se ao horário do curso, pois muitos professores encontram-se trabalhando nos três turnos e/ou outras redes de ensino. Para muitos, também, o sábado ficou comprometido com a recuperação de aulas devido à última greve de professores. Aguarda-se uma política de formação de professores em horário de trabalho visando compatibilizar esses interesses, mas, enquanto isso, os professores continuam se esforçando para estudar e refletir sobre a sua prática, mesmo em situações adversas.

Procedemos a divisão das turmas de Língua Portuguesa e percebemos a grande expectativa dos professores em relação ao aprendizado do GESTAR II.

Encerramos o evento ansiosas e otimistas para o ínicio das oficinas!

Segue a apresentação em power point:

Narradores de Javé - resenha do filme



O filme inicia-se quando um rapaz perde a embarcação e se abriga num botequim. E enquanto espera o próximo barco junta-se às pessoas da localidade para ouvir a história do povo de Javé contada por Zaqueu um dos moradores do lugar.
O argumento central do enredo baseia-se na história do povoado que está prestes a ser sucumbido devido à construção de uma hidrelétrica. Na tentativa de resolver o problema os moradores decidem escrever a história do povoado pelas mãos do único morador alfabetizado, o funcionário dos Correios Antônio Biá que aproveita a situação para se redimir perante a população, pois fora expulso por escrever cartas com mentiras sobre os moradores. E, ironicamente, é este o acontecimento que lhe dá a “nobre” missão de ser o escritor do “livro da salvação”, assim chamado o registro da história do povo de Javé.
Biá começa a recolher o relato dos moradores, com seus heróis e feitos surpreendentes. As histórias, “os causos”, com diferenças de interpretações e exageros dariam lugar a um registro escrito, um documento para perpetuar e legitimar a história desse povo.
Atordoado pelas várias versões apresentadas pelos moradores acerca do mesmo fato, que atribuíam os atos heróicos ora ao guerreiro Indalécio ora a valente Maria Dina ora a um guerreiro de uma tribo africana, Biá percebe a difícil tarefa de transpor o discurso oral para o escrito, um “texto científico”, para comprovar o valor histórico da cidade. E como ele mesmo dizia: “uma coisa é o fato ocorrido, outra coisa é o fato escrito”.
Como não conseguiram provar sua história com o registro escrito, o Vale de Javé foi inundado e todos os moradores tiveram que deixar suas casas, suas vidas, suas lembranças e seus antepassados ali enterrados.
E, assim, partiram juntos rumo a outro lugar, uma nova terra para reconstruir suas vidas e uma nova identidade. Percebendo a importância do registro escrito, e pra não cometer o mesmo erro, Biá começa a escrever a primeira parte do livro que retrata a formação desse novo povoado.
Narradores de Javé é uma verdadeira homenagem aos contadores de histórias. O filme é grandioso porque reconhece e valoriza a memória e a tradição oral e por retratar a variedade de dialetos das personagens de um lugarejo nordestino, onde as pessoas são desprovidas de quaisquer contatos com a cultura letrada. Mas, o é, sobretudo, por evidenciar a diferença e a relação de poder entre a linguagem escrita e a linguagem oral.
Vale a pena conferir, também, a brilhante atuação de José Dumont que sozinho realiza um grande espetáculo, criando, assim, mais um personagem antológico do cinema brasileiro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Minhas Memórias Literárias

As minhas primeiras experiências com a leitura deram-se quando entrei para o Jardim de Infância numa escolinha encantadora ao lado do antigo Aeroporto de Fortaleza, bem embaixo da estátua do Vaqueiro que dava nome a praça. O lugar era mágico! Lembro-me bem que durante o recreio brincávamos no enorme parque defronte à escola. Mas, não era só isso. Havia a tia Lúcia que sempre após a leitura de algum livrinho deixava-nos brincar de massinha. Eu adorava isso.
Alfabetizei-me cedo através da cartilha “O Sonho de Talita”, menina loirinha que sonhava com as letras e trazia para nós frases do tipo, “O bebê vê a babá”
Infelizmente, não havia por parte de meus pais incentivo à prática de leitura. Cobravam-me apenas as tarefas escolares e boas notas. Talvez por isso, já em outra escola, na 1ª série, tenha um dia levado para casa, sem a professora ver, um lindo livro colorido e de capa dura com a história de João e o Pé de Feijão que estava junto a tantos outros que líamos durante as aulas. Morri de medo que descobrissem meu “furto”. Li e reli várias vezes a história, embevecida com a leitura e as gravuras. Mas, meu deleite durou pouco, minha mãe ao descobrir o malfeito, fez-me devolvê-lo. Morri de vergonha! Não me lembro de outras leituras significativas nesta fase da minha infância, além de uma, aos 11 anos, quando ganhei o primeiro livro de uma tia freira, ao retornar do Rio de Janeiro, em férias. Era a história da “Anjinha Terezinha” de Ganymédes José. Uma anjinha que recebeu de seus superiores a dura missão de realizar sete grandes obras na terra, transformando a vida das pessoas. O livro chegou a ficar com as folhas soltas de tanto manuseio, pois adorava lê-lo várias vezes.
Lembro-me dos livros da coleção “Para Gostar de Ler” que sempre pedia ao meu tio professor que recebia das editoras e deixava exposto na sua estante. O título e a leitura curta de crônicas e contos me atraiu. Passei a admirar Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga, Carlos Drummond e outros.
Ainda no Ensino Fundamental fui levada a ler várias obras da coleção vaga-lume, sempre durante as férias e para avaliação posterior em uma “ficha de leitura”. Livros bons, como O Caso da Borboleta Atíria, Um Cadáver Ouve Rádio, Menino de Asas e o Rapto do Garoto de Ouro, todavia, passei a lê-los com desgosto, por conta da cobrança.
Hoje vejo que a escola contribuiu muito para não criar em mim o hábito da leitura. Não lembro sequer de ter ido a uma biblioteca nestes anos, acho até que à época nem havia uma em minha escola.
Durante o Ensino Médio li alguns livros indicados para o vestibular, especialmente os clássicos da literatura brasileira de Machado de Assis e José de Alencar. Pelo rigor da cobrança e pela ausência de estímulos de meus professores achava aquilo uma leitura enfadonha e sem graça.
Foi somente na minha graduação, no curso de Letras, que a concepção de leitura mudou em minha vida. Foi através do professor Sânzio de Azevedo, querido mestre e conceituado escritor e crítico cearense que tive o prazer de ler e me encantar com obras de autores cearenses, tais como A Normalista, de Adolfo Caminha; Dona Guidinha do Poço, de Oliveira Paiva, cuja história envolvente denunciava um crime acontecido no interior do Ceará que consternou toda a sociedade cearense da época. Lembro-me de como ele nos encantava ao ler trechos e fazer comentários sobre as obras. Passava-nos um prazer tão grande pela leitura, que mesmo numa situação de leitura acadêmica, me sentia motivada a ler mais.
Passaram por mim outros professores que me encantaram com a literatura portuguesa de Camões e os heterônimos de Fernando Pessoa. Ao mesmo tempo, durante esse período acadêmico li algumas obras de Sidney Sheldon, obras consideradas sub-literaturas por meus queridos professores. Adorava as histórias envolventes e misteriosas.
Na pós-graduação tive o prazer de ter como professora Vicência Jaguaribe, mestra experiente que fascinava a todos com sua “bolsa mágica”, sim, mágica para nós alunos, pois ao mesmo tempo em que estudávamos um texto acadêmico, de sua bolsa saltava uma obra da Literatura infantil e infanto-juvenil que nos encantava através de sua leitura envolvente, fazendo-nos enxergar detalhes que enchiam a obra de encanto e beleza. Pensava comigo: como gostaria de encantar meus alunos assim...
Tornei-me professora muito cedo. E hoje vejo que a responsabilidade com o trabalho muito precoce tirou de mim o tempo suficiente para me deixar levar pela leitura por fruição de bons livros. O ativismo e a necessidade de formação constante levaram-me a ler muitos livros técnicos da minha área de atuação, especialmente depois de assumir o cargo de técnica da Secretaria. A última leitura que fiz por prazer foi O Silêncio dos Amantes de Lya Luft.
Sou consciente que, para despertar o gosto pela leitura de meus professores cursistas e de meus alunos, preciso ler mais, e, principalmente, procurar transmitir a mesma magia que enxergava na bolsa da maravilhosa professora Vicência. Ah! Que belo exemplo!

Ana Leonília Alves de Sousa

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Oficina de criação do Blog na EMEIF Pe Felice Pistoni - 07/ 07/ 2009




A turma de formadores do Gestar II da Língua Portuguesa-Fortaleza esteve presente no início de julho para uma oficina de criação do BLOG, um ambiente virtual interativo onde as nossas atividades pudessem ser postadas e comentadas. Para que todos conhecessem e se familiarizassem com esta ferramenta tecnológica contamos com a colaboração valiosíssima do nosso querido colega, Marcos, técnico da Secretaria Municipal de Fortaleza. Valeu!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A Saga do Gestar

Participar do Gestar
Pra quem gosta de ensinar
É um trabalho divertido
E um projeto possível
Se for bem assistido

Quando iremos iniciar
Só Deus pode dizer
Mas uma coisa prometemos
É preciso envolvimento
E muito acompanhamento

O curso de formação
Denominado Gestar
É repleto de motivação
E muita transformação
Pra nenhum professor reclamar

Por isso, caro professor,
Não prometemos o milagre
Da educação revolucionar
Mas faremos momentos de interação
Pra mudar a educação

No processo de ensino-aprendizagem
Temos muito que absorver e trocar
Para juntos com nossos alunos
Aprender e ensinar
E o país mudar

E para finalizar
Formador vamos nos tornar
Para trabalhar a educação
Com muita criação
E depois multiplicar